Em meio a um clima tenso entre políticos e meios de comunicação, o FCC lança uma investigação sobre as relações de Comcast com suas afiliadas da NBC. A decisão do Chairman Brendan Carr surge após pressões do Presidente Trump, que acusou a rede de inclinação política à esquerda. "Acredito que licenças poderiam ser revogadas", declarou Trump em sua plataforma social. Enquanto isso, Carr defende que a FCC tem o dever de garantir que as estações locais mantenham independência operacional e econômica para cumprir com suas obrigações à comunidade.
A investigação foca no controle exercido pela NBC sobre as emissoras locais, algo que vem preocupando a população. "Os americanos já não confiam nas redes nacionais", admitiu Carr. "Precisamos proteger o interesse público."
Em resposta, a Comcast destacou seu comprometimento com as estações locais há décadas, fornecendo conteúdo de qualidade que ajuda a manter a relevância das emissoras em um mercado cada vez mais competitivo. "As estações locais são uma parte essencial da vida dos americanos", ressaltou o porta-voz.
Curiosamente, a decisão do FCC coincide com a aprovação recente da fusão Skydance-Paramount, que incluiu a instalação de um ombudsman na CBS para atuar por dois anos. Além disso, Carr já havia anunciado investigações sobre políticas de diversidade nas empresas Disney e Comcast.
Enquanto isso, Trump ampliou suas críticas aos demais canais, como ABC e CBS, prometendo que apresentadores como Jimmy Kimmel e Jimmy Fallon também enfrentarão consequências. "As redes não podem ser peões políticos", declarou.
Essa tensão entre política e imprensa não é nova no Brasil, onde debates semelhantes sobre independência editorial são recorrentes. Será que investigações como essa realmente promovem maior transparência ou apenas aprofundam divisões políticas? Afinal, o jornalismo sempre foi uma arena frágil entre o compromisso com a notícia e as pressões do poder.