O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) está prestes a distribuir um total impressionante de R$ 12,9 bilhões em lucros para os trabalhadores brasileiros. Aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, essa medida coloca o dinheiro do fundo nas mãos daqueles que mais precisam – ou, pelo menos, é o que se espera.
Quem tem direito? Todo trabalhador que possuía uma conta ativa ou inativa no FGTS até dezembro de 2024 e tinha saldo na época. Isso inclui milhões de brasileiros, desde aqueles que ainda estão na força de trabalho até os que já se aposaram.
A distribuição será proporcional ao saldo existente em cada conta. Quanto maior o saldo, maior será a parcela recebida. Para calcular o valor exato, basta multiplicar o saldo de dezembro passado pelo índice de 0,02042919. Simples assim!
Este não é um evento isolado. Em 2023, o FGTS já havia distribuído R$ 15,2 bilhões em lucros, com a rentabilidade do fundo reaching 6,05% – acima da inflação do ano, que foi de 4,83%. Esse aumento na arrecadação reflete tanto o crescimento nos salários quanto o incremento no número de vagas de emprego.
Porém, não é tudo flores. Enquanto o FGTS distribui lucros, os gastos com subsídios no programa Minha Casa Minha Vida e as retiradas motivadas pelas calamidades naturais – como as recentes chuvas no Rio Grande do Sul – têm pesado no balanço. Isso fez com que o lucro líquido caísse para R$ 13,6 bilhões em 2024, uma queda de 41,8% em relação ao ano anterior.
Enfim, um exemplo de como o dinheiro público pode ser usado – e abuso – dependendo das prioridades do governo. Resta saber se esses recursos chegarão de fato aos bolsos dos trabalhadores ou se alguma mão fará um "emprestado" no caminho.