Florianópolis lança plano para gestão da orla marítima com cobrança de taxas

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Em Florianópolis, um novo plano para a gestão da orla marítima está ganhando forma. A prefeitura municipal, juntamente com o Movimento Floripa Sustentável e outros parceiros, propõe a adoção de uma cobrança de taxas pelo uso das áreas públicas costeiras. Essa medida visa não apenas regulamentar o uso da orla, mas também garantir recursos para investimentos em preservação ambiental e melhorias na infraestrutura das praias.


Uma geografia privilegiada

Florianópolis, conhecida por sua ilha urbana e extensa costa litorânea, possui mais de 235 quilômetros de orla marítima - um dos maiores perímetros do Brasil. Essa riqueza natural atrai turistas e impulsiona atividades econômicas, mas também exige um planejamento cuidadoso para preservar o meio ambiente e manter a qualidade de vida da população.


Proposta de gestão integrada

A Lei Federal de 2015 autoriza a cobrança de taxas pelo uso de áreas públicas em locais como praias, especialmente para eventos como shows e casamentos. Essa medida foi defendida durante um evento recente, onde o prefeito Topazio Neto destacou a necessidade de gerenciar adequadamente a orla marítima para fomentar o turismo e promover o desenvolvimento econômico.


Benefícios previstos

A adoção do Plano de Gestão Integrada (PGI) permitirá ao município:

  • Gerar receita para investimentos em infraestrutura e preservação ambiental;
  • Melhorar a gestão de conflitos na faixa de areia;
  • Impulsionar o turismo e atividades náuticas;
  • Apoiar iniciativas empresariais e tecnológicas na região.

Segundo especialistas presentes no evento, a gestão integrada da orla não apenas protege o meio ambiente, mas também gera retornos econômicos significativos. Em exemplos como a Flórida (EUA), investimentos em infraestrutura costeira resultaram em um aumento de 310 vezes os impostos gerados por atividades turísticas relacionadas às praias.


Avanços e desafios

Apesar dos benefícios, o município enfrenta desafios legais e judiciais que impedem a implementação do PGI desde 2018. No entanto, a mobilização de movimentos sociais como o Floripa Sustentável e a participação de especialistas prometem impulsionar essa agenda.


Com a adoção desse modelo de gestão, Florianópolis pode se consolidar ainda mais como um exemplo de sustentabilidade e inovação na América do Sul.

João Silva

João Silva

É interessante ver Florianópolis abraçando um modelo de gestão que alia desenvolvimento econômico a preservação ambiental. Com certeza, essa iniciativa pode servir de exemplo para outras cidades brasileiras!

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