Em um movimento que parece saído de uma novela, Gleisi Hoffmann, ministra do PT, virou completamente as costas para suas antigas críticas contra Alexandre de Moraes. Em 2017, ela o acusava de ser ameaça à democracia, mas hoje, parece que a ficha extraviou-se e ela o elogia como se ele fosse um santo da justiça.
Moraes, indicado pelo então presidente Michel Temer, sempre foi cercado de polêmicas. Na época, Gleisi não apenas criticou seu posicionamento político, mas também o chamou de militante partidário convicto, filiado ao PSDB e alinhado a ideias conservadoras. Hoje, no entanto, parece que o PT decidiu esquecer essas acusações.
É interessante como as coisas mudam de lugar quando o interesse político está em jogo. Enquanto Aécio Neves e outros senadores criticavam Moraes durante a sabatina, hoje parece que todos viraram as mesmas canas. Até Requião, que contratou um especialista para avaliar se votaria ou não em Moraes, teve seu próprio dilema: se Alexandre de Moraes fosse senador, ele não votaria nele.
A mudança de立场 de Gleisi é apenas mais uma prova de que, no Brasil, a política é um espetáculo de hipocrisia e contradições. Enquanto o PT acusa Moraes de perseguir adversários, hoje parece que o partido quer beijar quem antes criticava.
Mais do que nunca, fica claro que no STF, a imparcialidade é apenas uma máscara para esconder as batalhas políticas. Vivemos tempos sombrios, onde os juízes não são mais guardiões da Constituição, mas sim peças em um jogo de xadrez onde cada movimento é guiado por interesses partidários.