A Google enfrentou mais uma derrota judicial na batalha contra a Epic Games. A corte de apelações dos Estados Unidos decidiu manter a sentença original do processo Epic v. Google, que considerou o monopólio da Play Store e seu sistema de pagamentos. Com isso, a empresa terá que cumprir as medidas impostas, incluindo permitir que fabricantes de celulares instalem lojas de aplicativos rivais e abrir o acesso ao catálogo do Play Store para concorrentes.
Em outubro de 2024, a Google havia conseguido suspendar temporariamente algumas dessas restrições enquanto aguardava o resultado do recurso. No entanto, a Justiça negou o pedido, considerando-o 'extinto' diante da decisão final. "Esta decisão comprometerá significativamente a segurança dos usuários, limitará as opções e prejudicará a inovação que sempre esteve no coração do ecossistema Android", declarou Lee-Anne Mullholand, chefe global de assuntos regulatórios da Google.
A saga começou em 2021, quando a Epic tentou burlar o sistema de pagamentos da Play Store por meio de uma atualização do Fortnite. Ao descobrir, a Google removeu o jogo da loja, e a Epic entrou com a ação judicial. A empresa já havia enfrentado desafios semelhantes com a Apple, mas obteve resultados muito mais significativos contra a gigante de Mountain View.
É interessante notar que, enquanto defende a liberdade de mercado, a Google parece estar lutando para manter um monopólio que limita a concorrência e o acesso ao ecossistema Android. A ironia é gritante: uma empresa que prega inovação está se comportando como um verdadeiro oligarca.