Em uma jogada astuta no jogo interminável das incentivações fiscais, o estado do Wisconsin se juntou à lista de locais que tentam atrair a indústria cinematográfica com generosas taxas de crédito. Com a assinatura do governador Tony Evers, um novo orçamento estadual cria uma agência para filmes e concede um crédito transferível de 30% para produções cinematográficas e de TV. A medida, que vigorará até pelo menos 2027, destina R$ 5 milhões anuais a projetos qualificados.
Antes desse anúncio, o Wisconsin era um dos 13 estados americanos sem incentivos fiscais para a indústria do entretenimento. A iniciativa foi impulsionada pelo senador republicano e ex-lutador profissional Julian Bradley, que demonstrou apoio bipartidário à ideia de atrair Hollywood para fomentar a economia local.
Enquanto isso, o Texas, por exemplo, já aumentou sua oferta para R$ 100 milhões a cada dois anos, com incentivos que podem chegar a R$ 1,5 bilhão nos próximos dez anos. A corrida para se tornar o novo "Hollywood" parece não ter fim, e o Wisconsin está determinado a ocupar seu lugar nesse jogo.
Para Nathan Deming, diretor baseado em Eau Claire, esta é uma nova era para a produção de filmes e TV no estado. Com incentivos fiscais e a criação de um escritório estadual de filmes, o Wisconsin se torna automaticamente um destino interessante para companhias de produção, equipes e contadores de histórias fascinados pela diversidade do estado.
As produções elegíveis recebem 30% do gasto na州, com um teto de R$ 1 milhão. Projetos com orçamentos mínimos de R$ 100.000 (ou R$ 50.000 para produções mais curtas) podem aproveitar os incentivos, além de custos como construção de sets, pós-produção e acomodações.
Expectativa é que o estado atrairesse gêneros como filmes de Natal e românticos, pelo menos até que o teto de incentivos seja reajustado para competir com outros estados que oferecem créditos de até R$ 9 milhões.
Enquanto a indústria do entretenimento continua a se espalhar pelos Estados Unidos, o Wisconsin está determinado a ser mais um capítulo dessa história. E, quem sabe, talvez até se tornar o novo "paraíso fiscal" da produção cinematográfica.