Em um movimento que promete redefinir a geopolítica da região, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou planos para assumir o controle total da Faixa de Gaza após o final da guerra. No entanto, Netanyahu deixou claro que não pretende anexar o território, mas sim criar um órgão temporário para governá-lo e estabelecer um 'perímetro de segurança' ao redor do local.
Em entrevista a repórteres em Tel Aviv, Netanyahu afirmou: "Nós não queremos ficar com Gaza, queremos um perímetro de segurança". A declaração veio após semanas de especulação sobre os objetivos israelenses na região. Segundo fontes ligadas ao governo, o plano inclui a entrada das Forças Armadas israelenses em áreas identificadas como pontos de cativeiros de reféns.
Apesar da retórica, a decisão de Netanyahu não foi recebida com entusiasmo por todos os setores do governo. O chefe de gabinete das Forças Armadas já manifestou discordância com o plano e prometeu resistir à implementação das medidas. Essa divergência interna pode levar a uma disputa entre o Executivo e o Exército, complicando ainda mais a situação na região.
Para o Hamas, grupo governante em Gaza, as declarações de Netanyahu representam "um golpe" às negociações de cessar-fogo. Eles acusaram o premiê israelense de sacrificar reféns em busca de ganhos políticos pessoais. A tensão aumenta ainda mais com a proximidade de uma reunião do gabinete que deve discutir o assunto.
É importante lembrar que a ideia de assumir o controle de Gaza não é nova. Em maio, Netanyahu já havia indicado que controlar a região era parte de seu "plano de vitória". Agora, com os eventos recentes e a atuação das Forças Armadas, o cenário parece mais complexo do que nunca.