Ainda não é novidade que o Atlético-MG vive um momento delicado em relação a seus compromissos financeiros com os jogadores. Recentemente, mais um atleta entrou com uma notificação extrajudicial contra o clube: trata-se do atacante Deyverson, que acionou judicialmente o Galo por débitos relativos aos direitos de imagem.
O jogador alega que o Atlético-MG deve R$ 213.400,00, com um acordo inicial para pagamento parcelado. No entanto, Deyverson já havia notificado o clube por R$ 85.381,00 referentes a esses direitos. Ele não está sozinho nessa situação: outros cinco jogadores, além de um ex-massagista do Galo, também fizeram notificaçõesextrajudiciais pelo mesmo motivo.
Entre os nomes envolvidos estão Guilherme Arana, Gustavo Scarpa, Gabriel Menino, Igor Gomes e Júnior Santos. Cabe destacar que Scarpa era um meia do Palmeiras antes de ser vendido para o Atlético-MG, enquanto Gabriel Menino foi transferido do Palmeiras para a equipe mineira.
Curiosamente, Arana se pronunciou nas redes sociais negando que tivesse acionado judicialmente o clube. Segundo ele, a notificaçãoextrajudicial serve apenas como "instrumento de comunicação formal" para abrir espaço para diálogo. Ainda assim, a situação reflete um problema estrutural no futebol brasileiro: o costume de procrastinar pagamentos e colocar os jogadores em posição vulnerável.
Para Deyverson, sua transferência para o Fortaleza estava baseada em acordos de pagamento parcelado, com 10 parcelas de R$ 21.345,25 cada. No entanto, o clube mineiro não honrou esses compromissos, levando o jogador a buscar soluções legais.
Enquanto isso, Rony havia inicialmente acionado judicialmente o Atlético-MG para pedir rescisão de contrato, mas voltou atrás após conversas com a comissão técnica. Ainda assim, a série de processos contra o clube não deixa de indicar uma crise sistêmica no departamento financeiro do Galo.
Esses eventos lembram aquela máxima: "quem está endiabrado com o demônio não pode brincar de feitiço". Enquanto o Atlético-MG tenta manter seu status como força do futebol brasileiro, a realidade é que a gestão dos recursos humanos e financeiros continua sendo um desafio.