Em tempos marcados pela volatilidade das relações internacionais, os Estados Unidos têm escalado seu jogo de sanções contra figuras proeminentes do direito internacional. Recentemente, foram adicionados à lista OFAC (Office of Foreign Assets Control) não só juízes internacionais e promotores, mas também Francesca Albanese, relatora da ONU sobre os territórios palestinos ocupados.
Para aqueles que caem nessa lista, o impacto é devastador. Seus ativos nos Estados Unidos sãogelados e empresas americanas estão proibidas de negociar com eles. O problema? Nenhum deles cometeu crime ou fugiu da Justiça. Eles simplesmente exerceram suas funções, algo que, obviamente, desagrada Washington.
Isso não é apenas um ataque à diplomacia. É um alerta para a crescente onda de europeus inocentes que também são alvos dessas sanções, sem qualquer investigação ou condenação em seu país. Eles e suas famílias se tornam parias, não só nos Estados Unidos, mas também na Europa, onde bancos fecham contas, empresas bloqueiam serviços e até as entregas de encomendas são interrompidas.
Esses indivíduos se tornam mortos-vivos da sociedade moderna: juridicamente vivos, mas economicamente e socialmente eliminados. É a pena de 'morte civil' aplicada sem julgamento prévio. E o pior é que essas sanções, muitas vezes baseadas em motivos opacos ou arbitrários, têm consequências que se alastram bem além das fronteiras americanas.
Enquanto isso, os Estados Unidos continuam a jogar fora as regras do jogo internacional, transformando parceiros e aliados em inimigos silenciosos. E nós, espectadores, assistimos a um desfile de poder que se esvazia da própria razão.