Em um incidente chocante de 2020, um litigante descontente disfarçado de entregador abriu fogo na casa da juíza federal Esther Salas nos Estados Unidos, assassinando seu filho Daniel Anderl. Cinco anos depois, com o presidente Donald Trump intensificando suas críticas aos juízes federais que bloquearam parte de sua agenda, diversos magistrados vêm recebendo encomendas não solicitadas em nome de Daniel Anderl.
Entre os afetados está o juiz John J. McConnell Jr., de Rhode Island, que teve um pedido de despesas federais interrompido por Trump. Durante uma discussão pública rara, McConnell Jr. reproduziu uma ligação recebida com ameaças, incluindo uma que pedia sua assassinato. Outro exemplo é o juiz Robert S. Lasnik, cujos filhos adultos também receberam encomendas similares após ele criticar publicamente as ameças a juízes.
A juíza Salas alertou que mais de 100 casos de 'pizza doxing' - entregas não desejadas para casas de juízes e suas famílias - foram relatados desde 2024, com大多ocorrências em 2025. Ela também mencionou que tais ameças vêm ocorrendo a juízes estaduais, sem rastreamento adequado.
Trump e seus aliados vêm usando retórica forte contra os juízes, com até cartazes 'quero' pendurados na Câmara por um congressista. Muitos juízes de ambos os partidos expressaram preocupações, mas temem falar abertamente sobre o tema.
Em defesa, a Suprema Corte Americana defendeu Boasberg, mas o Departamento de Justiça de Trump moveu uma ação contra ele. Além disso, mais de 50 juízes que julgaram contra Trump vêm recebendo proteção online, conforme relatado por juízes nomeados por Trump.