Introduzida no Brasil na década de 1970 como alternativa para alimentação de gado e recuperação de áreas degradadas, a leucena (Leucaena leucocephala) teve seu status reavaliado. O que inicialmente parecia uma solução, tornou-se um problema ambiental grave.
Sua rápida proliferação e resistência a solos pobres conquistaram adeptos, mas hoje, a planta é considerada extremamente agressiva. A leucena forma monoculturas que impedem o crescimento de plantas nativas, ameaçando ecossistemas inteiros.
Silvia Ziller, fundadora do Instituto Hórus, explica que a leucena está listada como espécie exótica invasora no Brasil e integra a lista das 100 piores invasoras mundialmente. A erradicação é quase impossível devido à sua ampla disseminação.
Em Florianópolis, por exemplo, o controle da leucena é feito manualmente, seguido pela reintrodução de espécies nativas. Mesmo assim, a planta persiste em áreas como a Chapada dos Veadeiros, afetando diretamente a biodiversidade.
Os esforços para conter a leucena incluem mapeamento e controle localizado, com apoio de moradores e guias ambientais. No entanto, a recuperação de áreas invadidas é um desafio complexo que depende do grau de invasão e das condições ambientais.
Silvia alerta para a necessidade de buscar espécies alternativas não invasoras e recomenda evitar o plantio da leucena a menos que absolutamente necessário. A história serve como exemplo da importância de avaliar cuidadosamente introduções de espécies exóticas.