Estudo recente revela como o calor e o frio extremos estão matando pessoas silenciosamente e de forma desigual. Na Índia, entre 2001 e 2019, mais de 34 mil pessoas morreram por causas diretamente ligadas a essas condições climáticas.
A Índia foi escolhida como objeto de estudo por sua combinação de vulnerabilidades, como alta densidade populacional, pobreza e urbanização desordenada. Essas mesmas características são encontradas no Brasil, onde os efeitos das temperaturas intensas também têm afetado a saúde da população.
Os homens em idade produtiva foram os mais afetados pelo calor extremo, enquanto as mortes por frio foram distribuídas entre os gêneros. A mortalidade foi particularmente alta em regiões mais pobres e nas periferias urbanas.
Segundo estudo de Fiocruz, o Brasil enfrenta desafios na implementação de políticas públicas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Apesar de iniciativas como o Plano Clima e a Operação Altas Temperaturas em São Paulo, os esforços ainda estão longe de serem suficientes.
Para combater os impactos do clima na saúde, são necessárias ações coordenadas entre ministérios, investimentos em sistemas de alerta precoce e a criação de centros de resfriamento e hidratação. Até o momento, a saúde ainda não é prioridade nas discussões sobre mudanças climáticas.