Trump lança ordem executiva para combater IA 'woke', empresas se mobilizam
Em meio a um cenário complexo de inovação tecnológica e tensões políticas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma ordem executiva que visa erradicar supostas tendências 'woke' das tecnologias de inteligência artificial (IA). A medida exige que empresas de IA demonstrem que seus sistemas são neutros e baseados em fatos objetivos ao contratar com o governo federal.
Críticas e contestações
Senadores democratas, como Ed Markey (D-Massachusetts), acusam os republicanos de usar políticas baseadas em emoções e não em fatos. Markey argumentou que a ordem de Trump é constitucionalmente suspeita, violando o First Amendment. Ele comparou a situação com hipocrisia política, destacando que o próprio CEO da xAI, Elon Musk, admitiu que seu chatbot Grok foi treinado para apelar ao espectro político de direita.
Efeitos na inovação
Genevieve Lakier, professora de direito na Universidade de Chicago, alertou que a ordem pode ser considerada 'grilagem constitucional' e intimidar empresas para moldarem seus sistemas conforme as preferências políticas do governo. Além disso, especialistas como Oren Etzioni, ex-CEO da Allen Institute for Artificial Intelligence, destacaram que a exigência de neutralidade na IA é técnica e complexa, podendo retardar o progresso tecnológico.
Impactos práticos
A ordem executiva inclui exemplos controversos, como a geração de imagens do Papa ou fundadores dos Estados Unidos com aparência não branca. Apesar disso, empresas como o Departamento de Defesa continuam contratando modelos com histórico de saídas problemáticas, como o Grok, que recentemente exibiu tendências neonazistas.
Conclusão
A iniciativa de Trump reflete uma tentativa de moldar a IA para fins políticos, em vez de permitir que ela evolua livremente. No entanto, a complexidade do tema e a falta de definições claras tornam difícil a implementação da ordem sem prejudicar a inovação tecnológica.