A Nintendo anunciou um reajuste nos preços da primeira geração do Nintendo Switch nos Estados Unidos, a partir do dia 3 de agosto de 2025. O aumento afeta os modelos padrão, OLED e Lite, bem como alguns acessórios, mas o novo console Switch 2 mantém seu preço inicial.
Embora a empresa cite 'condições de mercado' como justificativa, o timing do anúncio não é coincidência. O ajuste ocorre poucos meses após a entrada em vigor de novas tarifas comerciais impostas pelo governo Trump, que afetam produtos fabricados em países como Vietnã e Camboja — onde parte do hardware da Nintendo é produzido.
Enquanto os jogos físicos, digitais e a assinatura do Nintendo Switch Online permanecem intactos, a empresa deixa claro que novos reajustes estão sujeitos a mudanças no cenário econômico. No Brasil, por exemplo, a Nintendo garantiu que não há planos para aumentar os preços por aqui, ao menos por ora.
Essa decisão reflete uma tendência global do setor de tecnologia e entretenimento, onde empresas como Xbox e PlayStation já haviam ajustado suas estratégias diante de desafios cambiais e comerciais. No entanto, a situação dos EUA é particularmente sensível, com alertas de organizações como a Consumer Technology Association indicando que os preços dos consoles poderiam subir até 70% caso todas as tarifas fossem aplicadas.
No momento, o impacto é exclusivo do mercado norte-americano. No Brasil, enquanto estamos envolvidos em nossa própria guerra tarifária, a Nintendo mantém seu posicionamento: 'Não há planos para ajustar os preços na América Latina' — uma declaração que soa tanto como alívio quanto como um aviso de que o cenário pode mudar.
Enquanto isso, os jogadores brasileiros podem respirar aliviados. Porém, fiquem atentos: a economia é um jogo de xadrez, e as próximas movidas sempre estão na ponta do lápis.