O perigo silencioso do sedentarismo cognitivo: como a IA está mudando nossas mentes

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Você já se pegou esquecendo um número de telefone ou precisando do GPS para um trajeto diário? Esses sinais indicam o sedentarismo cognitivo, uma condição que surge quando substituímos o esforço mental pela conveniência da tecnologia. De acordo com especialistas, como o neurologista Sergio Jordy, membro da Academia Americana de Neurologia, delegar atividades para a inteligência artificial (IA) pode enfraquecer nossas habilidades cognitivas.


Estudos do MIT mostram que frequentadores regulares de IA enfrentam desempenho pior em tarefas que exigem pensamento crítico e criatividade. A chave não está na tecnologia em si, mas em como a usamos. Enquanto a comodidade de resolver problemas com um clique pode parecer atrativa, ela tem um custo oculto: a atrofia do cérebro.


Rejane Sbrissa, psicóloga, alerta que muitas pessoas já não sabem mais escrever à mão, confiando exclusivamente em corretores ortográficos. "É preciso parar de 'subcontratar' a IA para fazer as funções do nosso cérebro", afirma. O risco não é apenas no presente: a diminuição da atenção e da capacidade de resolver problemas pode aumentar o risco de doenças cognitivas no longo prazo.


Mesmo com esses desafios, há esperança. Especialistas recomendam encontrar um equilíbrio entre o uso da IA e o exercício mental. "A IA é uma ferramenta poderosa, mas não deve substituir completamente nosso esforço mental", conclui Jordy.

Rafael Pereira

Rafael Pereira

Enquanto a tecnologia avança, é essencial lembrar que nossas mentes precisam ser exercitadas tão diligentemente quanto nossos corpos. Será que estamos evoluindo ou apenas perdendo nossa capacidade de pensar?

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