A Opera, uma das maiores desenvolvedoras de navegadores do mundo, está levando a guerra contra a Microsoft para assegurar que os usuários tenham mais liberdade de escolha em seus computadores. Em um movimento inédito, a empresa protocolou uma representação formal junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acusando a gigante tecnológica de práticas anticompetitivas que restringem a concorrência entre navegadores.
Uma luta global por justiça digital
A ação não é isolada; ela faz parte de uma iniciativa global da Opera para combater as estratégias da Microsoft no mercado de navegadores. Segundo Aaron McParlan, diretor jurídico da empresa, a Microsoft impõe barreiras significativas à concorrência, excluindo outros navegadores de canais importantes de pré-instalação e dificultando que os usuários adotem alternativas.
No Brasil, onde mais de 66% dos internautas acima de 16 anos usam computadores para navegar, a situação é ainda mais relevante. O navegador Edge, pré-instalado no Windows, é colocado como o único opção padrão, limitando as escolhas dos usuários.
Os argumentos da Opera
A empresa lista several condutas da Microsoft que violam a legislação brasileira:
- A exclusão de navegadores como a Opera de canais de pré-instalação;
- O sistema operacional Windows promove o uso do Edge em todas as etapas, desde o boot do computador;
- As práticas da Microsoft preocupam a Opera por retirarem dos usuários a liberdade de escolha.
A Opera pede que o Cade investigue as práticas da Microsoft e imporrações corretivas para garantir uma concorrência justa no mercado.