Amanda Wolaver, uma jovem de 33 anos, jamais imaginaria que um simples procedimento estético levaria sua vida a um caos sem precedentes. Em agosto de 2023, ela decidiu experimentar um tratamento que combinava duas toxinas botulínicas. No entanto, o que deveria ser apenas mais uma sessão de beleza se transformou em uma jornada terrível, marcada por paralisias, crises e gastos elevados.
Após algumas horas do procedimento, Amanda começou a sentir uma intensa enxaqueca. No dia seguinte, ela acordou sem conseguir se comunicar ou se mover. Exames de tomografia e ressonância magnética não revelaram nenhuma causa para os sintomas, levando médicos a suspeitar de doenças como esclerose múltipla ou condições autoimunes.
Para Amanda, o diagnóstico foi demorado e custoso. Ela gastou mais de R$ 160 mil em exames sem chegar a uma resposta conclusiva. Sua condição se agravou ao ponto de ficar imóvel por quatro meses, incapaz sequer de dirigir ou comer. Foi só descobrir um fórum online que Amanda associou seus sintomas à intoxicação por botox.
Em março deste ano, os médicos finalmente confirmaram o diagnóstico: botulismo iatrogênico, causado pelo uso excessivo da toxina botulínica. A doença pode levar a ataques isquêmicos transitórios (AITs), mini AVCs e danos neuromusculares graves.
Para evitar tais riscos, é essencial tomar precauções antes de qualquer procedimento estético:
- Utilizar produtos aprovados pela Anvisa
- Verificar o prazo de validade
- Aplicar o produto por profissionais qualificados
- Solicitar informações sobre os produtos e doses prévias
Amanda, após superar o tratamento padrão, adotou mudanças drásticas no estilo de vida para acelerar a desintoxicação. Ela eliminou cafeína, refrigerantes, até implantes mamários, e aderiu a uma dieta rigorosa e atividade física moderada.
Hoje, Amanda vive com sequelas como tonturas e dificuldade cognitiva, mas recuperou parte de sua autonomia. Ela se tornou uma defensora da conscientização sobre os riscos do botox, alertando para os perigos escondidos dos tratamentos estéticos.