As ações da RD Saúde (RADL3), controladora das redes Raia e Drogasil, registram uma significativa alta de 20,46% na máxima do dia, fechando com ganhos de 18,67% (R$ 17,80) após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025. Essa valorização contrasta com o primeiro trimestre, que havia sido negativo para as ações.
De acordo com a XP Investimentos, o destaque foi o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda), que alcançou R$ 885 milhões, representando um aumento de 37,4% em relação ao primeiro trimestre e de 7,3% na comparação com o segundo trimestre de 2024. No entanto, a margem bruta registrou uma queda de 0,8 ponto percentual ano a ano, influenciada por fatores como menor CMED, maior peso de medicamentos GLP-1 e maior competitividade.
Apesar desse desafio, a RD Saúde conseguiu compensar parcialmente os impactos com o controle rigoroso das despesas administrativas e gerais (SG&A). As vendas brutas cresceram 12% ano a ano, com a contribuição significativa dos medicamentos GLP-1, que impulsionaram 2 pontos percentuais da aceleração. O canal digital registrou um recorde de penetração de 24%, destacando o papel desses medicamentos no fortalecimento do e-commerce.
Os analistas do Citi mantêm recomendação neutra, elevando o preço-alvo para R$ 19, com potencial de alta de 6,8%. Por outro lado, o JPMorgan reitera recomendação overweight, elevando o preço-alvo para R$ 24, com potencial de alta de 35%. O Itaú BBA também mantém recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 20.
Enquanto alguns analistas vêem oportunidades na eficiência operacional e na estratégia da empresa, outros alertam para os desafios persistentes na margem bruta e na receita. No geral, o mercado está dividido: de 12 casas que cobrem os ativos, 6 recomendam compra, 5 neutra e 1 recomenda venda.