Em resposta a uma carta aberta enviada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) rebateu as acusações de lentidão na redistribuição de terras e falta de incentivo à agricultura familiar. A pasta argumentou que a reforma agrária no Brasil está retomando seu ritmo, especialmente nos governos anteriores do presidente Lula.
O MDA afirma que a meta é criar 30 mil novos lotes até 2025 e 60 mil até o final do mandato, atendendo metade das 120 mil famílias acampadas no país. No entanto, o MST critica que 400 mil famílias assentadas ainda aguardam políticas públicas efetivas.
A tensão entre governo e movimento social aumentou após o MST lembrar da sobretaxa de 50% sobre produtos nacionais impostas pelo presidente americano Donald Trump. O movimento reforça a necessidade de soberania nacional, ligando-a à soberania alimentar, que segundo eles, só é possível com uma agricultura familiar forte e a reforma agrária.
Em janeiro deste ano, o MST já havia cobrado o assentamento de 100 mil famílias acampadas. Recentemente, invadiu 11 propriedades para pressionar por mais velocidade na solução dos problemas.