Em um evento peculiar que ocorreu nas proximidades da 23ª Feira Literária de Paraty, o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) esteve envolvido em uma situação que surpreendeu muitos. Ele foi fotografado segurando um livro escrito pelo traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho.
O livro, intitulado A Cor da Lei, é a quarta obra de Marcinho VP, que está preso desde 1996. Apesar das acusações, ele afirma não mais liderar a facção criminosa. O evento foi promovido pela Kotter Editorial e pela Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABL Cárcere), onde VP ocupa uma cadeira.
Renato Freitas, no entanto, esclareceu que não teve participação no evento organizado pela ABL Cárcere. Ele estava na Flip Preta, uma mostra paralela à Feira Literária Internacional, onde ministrou uma palestra e participou de uma mesa de abertura. A foto foi capturada por alguém admirador de seu trabalho em defesa dos direitos humanos.
Freitas defendeu a literatura como ferramenta de ressocialização, mencionando que o sistema judiciário concede remissão de pena por leitura. No entanto, ele expressou preocupação com a ausência de notícias sobre a Flip Preta e criticou o foco excessivo na ligação dele com o Comando Vermelho.
Essa situação reflete uma complexidade onde a arte se mistura ao crime, colocando em cheque os limites da redenção through literature and the ethics of associating with criminals.