Rompimento de adutora em Florianópolis: o drama das casas alagadas

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Em uma noite que prometia ser tranquila, o bairro Monte Cristo, em Florianópolis, foi surpreendido por um drama que jorrava água para fora do comum. O rompimento de uma adutora da Casan não apenas molhou os chinelos dos moradores, como também arruinou móveis, eletrodomésticos e sonhos guardados em gavetas. Enquanto as casas choram, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) já apura quem será responsabilizado por este banho de água doce que ninguém pediu.


As seis residências atingidas não tiveram danos estruturais graves, mas o prejuízo foi significativo. A rapidez com que a água invadiu as casas parece ter sido a única coisa que salvou as vidas das famílias. "Toda água jorrava para dentro de casa com pedra, areia. Foi tudo muito rápido e em segundo já inundou tudo. Ficou tudo soterrado", relatou uma moradora à NSC TV. A sorte, ou a falta dela, é que ninguém ficou ferido.


O MPSC, com base no Código de Defesa do Consumidor, já instaurou um procedimento para investigar se as medidas previstas no plano de contingência foram tomadas. Em 2023, o mesmo bairro já havia sido afetado por outro rompimento de reservatório, que deixou famílias desabrigadas e veículos danificados. Agora, a Promotoria quer garantir que este incidente não se repita.


O promotor de Justiça Felipe Schmidt determinou que a Casan apresente um relatório detalhado em até 20 dias sobre as causas do rompimento, as medidas emergenciais adotadas e o ressarcimento às vítimas. Enquanto isso, a Defesa Civil Municipal segue avaliando os danos e oferecendo suporte às famílias.


Enquanto os técnicos da Casan já começaram as vistorias iniciais e o cálculo dos ressarcimentos, é possível que este incidente sirva de lição para que a empresa reforce suas redes e preste um serviço mais digno aos moradores. Até sexta-feira (1º), os valores do indenização devem ser definidos, prometendo algum alívio para as famílias que agora lidam com o trauma da invasão da água.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

Enquanto a Casan corre para consertar suas redes e evitar mais um banho involuntário, fica a pergunta: será que as casas de Florianópolis merecem mais do que um simples ressarcimento? Talvez o MPSC possa garantir não só compensações materiais, mas também uma promessa de que eventos como este jamais se repetirão. Até lá, as famílias continuam secando suas memórias molhadas e rezando para que a água doce volte a ser apenas algo que bebemos, e não algo que nos afoga.

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