Diante do ressurgimento do sarampo no Brasil, com casos confirmados em cinco estados, incluindo Tocantins, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação da 'dose zero' da vacina para bebês de seis meses a menores de um ano. A medida surge diante de um cenário preocupante: a intensa circulação de pessoas e o histórico recente de surtos.
Campinas e outras 18 cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) estão entre as regiões prioritárias. A médica pediatra Dra. Lívia Franco, professora do Centro Universitário Max Planck, reforça que a dose zero é uma estratégia emergencial capaz de salvar vidas, especialmente em um contexto onde o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas do mundo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até 24 de maio foram notificados 690 casos suspeitos no Brasil, dos quais cinco já foram confirmados. Na América Latina, até abril deste ano, foram registrados 2.325 casos, com um aumento alarmante de mais de 1.000% em relação ao mesmo período de 2024.
A dose zero não substitui as vacinas de rotina, mas é uma imunização adicional indicada para crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias em regiões de risco elevado. A recomendação leva em conta casos confirmados, baixa cobertura vacinal e o potencial de entrada do vírus por meio de aeroportos ou áreas com grande fluxo populacional.
"A proteção da criança começa antes do primeiro ano", afirma Dra. Lívia Franco. "É papel dos profissionais da saúde, dos pais e da comunidade garantir que a vacina chegue a quem mais precisa."