Em meio a um furacão político, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) resolveu quebrar o silêncio e mostrar as garras — ou melhor, os vistos. Em plena onda de desobediência ao STF, o parlamentar se gabou perante Metrópoles de possuir um visto 'categoria S' dos Estados Unidos. Esse tipo de documento é concedido àqueles que fornecem informações valiosas para os interesses da Casa Branca, algo que leva a pensar: afinal, quem são essas fontes e o que realmente está acontecendo?
No mês de março deste ano, durante uma entrevista sobre o uso do ChatGPT para desenvolver um aplicativo de inteligência artificial, Marcos do Val já havia dado sinais de ligação com os EUA. 'Minha filha é cidadã americana, nascida nos Estados Unidos. Além disso, possuo quatro cidadanias e um visto americano de categoria S', declarou o senador. Parece que a família do parlamentar tem ligações internacionais bem interessantes.
Para entender melhor o que está acontecendo, é importante levar em consideração o programa dos EUA para vistos 'categoria S'. De acordo com o Departamento de Justiça americano, esses vistos são concedidos a estrangeiros que fornecem informações críticas e precisas para investigações contra organizações criminosas ou terroristas. O programa também permite que familiares desses informantes recebam os mesmos benefícios.
Diante disso, surge uma série de perguntas: qual foi a contribuição específica do senador Marcos do Val para o 'combate' ao crime organizado? Quais informações tão valiosas ele teria fornecido aos Estados Unidos? E por que justamente um político brasileiro estaria envolvido em um programa de inteligência estrangeira?
Além disso, é importante ressaltar que o senador teve seu celular funcional apreendido pela Polícia Federal em junho do ano passado. Mesmo com esse incidente, ele continua a se posicionar de maneira controversa e a alimentar especulações sobre suas ligações internacionais.
Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não responderam ao Metrópoles. O silêncio, nesse caso, pode ser mais eloquente do que qualquer palavra.