STF determina que militares usem roupas civis em interrogatórios: uma decisão inédita e polêmica

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Em uma decisão inédita e polêmica, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os militares do Núcleo 3, incluindo os chamados 'kids pretos', não possam usar farda durante os interrogatórios. A medida foi implementada nesta segunda-feira (28/7), causando estranhamento entre advogados de defesa, que recorreram ao juiz auxiliar Rafael Henrique Tamai.


A primeira reclamação surgiu da defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. Os advogados argumentaram que não havia um despacho formal proibindo o uso da farda, destacando a situação vexatória em que o réu se encontrava: obrigado a retirar sua roupa e usar uma peça de vestuário emprestada. Em seguida, a defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima relatou ter recebido orientações semelhantes no local onde o réu está preso.


De acordo com a acusação, os réus do Núcleo 3 estariam envolvidos em planos para promover atos que pudessem levar à destabilização política após a vitória de Lula na eleição presidencial. A sessão virtual de interrogatórios começou com Bernardo Romão Correa Netto, seguindo-se os demais réus em ordem alfabética.


Essa decisão do STF abre precedentes interessantes sobre o tratamento a ser dado a militares acusados em processos penais. Será que esta medida visa desmobilizar a imagem de 'soldado inviolável' ou, por outro lado, está criando um novo campo de batalha na Justiça brasileira?

Bruno Lima

Bruno Lima

É impressionante como, em pleno século XXI, ainda discutimos sobre o que vestir para dizer a verdade. Enquanto isso, os réus usam roupas 'emprestadas' – quanta elegância! Que venham mais debates sobre o que está permitido e o que não está, afinal, é sempre bom ter algo em que nos basear... ou não?

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