Café, carne e suco: como as tarifas dos EUA afetam o agro brasileiro

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Em um movimento que mistura café, geopolítica e economia global, os Estados Unidos impuseram tarifas de 50% sobre uma série de produtos brasileiros. Enquanto o Ministério da Agricultura aponta que quase metade das exportações será afetada, o governo brasileiro tenta negociar um caminho entre crises e contrapartidas.


Para os produtores de café, a surpreendente ausência desse produto na lista de exceções promete mexer com os mercados. Enquanto os americanos se perguntam como substituirão o sabor brasileiro em seus blends, a China já abre as portas para nossos exportadores. Será que o café continuará sendo aquele elo que une negócios e culturas?


Enquanto isso, a carne bovina enfrenta um dilema: tarifas de 76,5% que ameaçam inviabilizar as exportações. A expectativa era dobrar os volumes enviados aos EUA, mas o futuro agora parece incerto. Pressões internacionais e lobby local tentam reverter a decisão de Trump, mas o caminho é longo.


Mesmo com tarifas reduzidas para suco de laranja, outros setores como peixes e frutas enfrentam desafios. A manga e a uva, por exemplo, estão em risco de apodrecer sem um mercado alternativo confiável. Enquanto isso, o governo brasileiro tenta negociar um acordo que parece cada vez mais difícil.


Para Lula e seu time, será preciso equilibrar diplomacia e economia num tabuleiro em que as consequências da prisão de Bolsonaro ainda ecoam. O jogo está longe de terminar, mas os ingredientes para uma narrativa envolvente estão todos presentes.

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida

Enquanto o mundo dos negócios gira e as tarifas são ajustadas, lembramos que o verdadeiro poder sempre esteve nas mãos do consumidor. Será que os americanos serão capazes de provar café sem a dose brasileira? E o Brasil, conseguirá manter seu lugar à mesa das negociações globais?

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