Terceira Metade: O amor em formato aberto e as relações não monogâmicas

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O reality show Terceira Metade, apresentado por Deborah Seeko, conquistou o topo das paradas do Globoplay e trouxe à tona um tema que ainda causa polêmica: as relações não monogâmicas. Em uma era onde o amor é frequentemente associado a exclusividade, o programa desafia nossas noções tradicionais de relacionamentos, levando-nos a questionar se a monogamia é realmente a única forma de amar.

Deborah Seeko, que afirma ser uma pessoa monogâmica, ressaltou que acredita na monogamia quando ela é escolhida diariamente, e não como uma obrigação social. Essa reflexão é fundamental, pois coloca o relacionamento em um contexto de liberdade de escolha, onde a exclusividade não é vista como uma prisão, mas sim como uma decisão consciente.

Os especialistas entrevistados pelo portal LeoDias destacaram que existem duas dinâmicas principais nas relações poliamorosas: a primeira, em que o casal estabelece um acordo para permitir encontros românticos com outras pessoas, sem contato direto entre os parceiros; e a segunda, baseada em redes de relacionamentos, onde todos se conhecem e interagem.

A psicóloga Andressa Taketa alertou que, mesmo em relações abertas, o ciúme e as discussões ainda têm espaço. Ela explicou que isso ocorre porque, assim como em qualquer relação, a poligamia exige diálogo e acordos claros entre os parceiros. A ausência de comunicação pode levar à insegurança e ao desequilíbrio emocional.

Para Artur Costa, psicanalista e professor sênior da Associação Brasileira de Psicanálise Clínica (ABPC), o que define se uma relação será saudável é a qualidade do acordo, não o modelo em si. Ele destacou que abrir uma relação não resolve o medo de traição, mas apenas muda o formato.

No Terceira Metade, os participantes enfrentam desafios como a convivência no "Condomínio do Amor" e a difícil decisão final: aceitar ou não a terceira pessoa na relação. Essa dinâmica reflete nossa própria sociedade, onde muitas vezes as decisões são complicadas e envolvem escolhas morais e emocionais.

Carlos Souza

Carlos Souza

Enquanto assistimos ao Terceira Metade, é impossível não se perguntar: estamos prontos para amar de forma diferente? O programa não apenas desafia nossas crenças, mas também nos faz refletir sobre o que realmente valorizamos em um relacionamento. E, como diria Deborah Seeko, talvez a monogamia seja apenas uma das muitas maneiras de amar.

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