A Tesla inaugurou um novo serviço de carros autônomos em São Francisco, mas o desafio é real: sem a permissão necessária para cobrar passageiros, a empresa ainda não pode chamar isso de serviço de robotáxi. Enquanto os veículos Model 3 e Model Y começaram a circular nas ruas da cidade na quinta-feira, a startup enfrenta obstáculos regulatórios que contrastam com sua expansão em Austin, Texas, onde o serviço foi lançado há pouco mais de um mês com as devidas licenças.
Em São Francisco, os carros ainda precisam contar com um motorista de segurança humano para testes e transporte de passageiros, conforme determinou a Comissão Pública de Utilidades da Califórnia (CPUC). Ainda não é permitido operar sem uma pessoa no volante, apesar das promessas de Elon Musk sobre veículos totalmente autônomos. Em Austin, por outro lado, os carros já ostentam a marca "robotaxi" e contam com um monitor de segurança sentado no banco do passageiro.
A estratégia da Tesla parece ser clara: manter o momentum na corrida dos veículos autônomos, mesmo que isso exija paciência diante de regulamentos mais rígidos. Enquanto outros estados como Nevada, Arizona e Flórida já estão na mira da empresa para expandir os serviços, a Califórnia parece ser um terreno árido para Musk. O processo de obtenção de licenças, que pode levar anos, é descrito por fontes como "lento demais" em comparação à concorrência.
Enquanto isso, os passageiros de São Francisco podem apenas sonhar com um futuro onde os carros pilotam sozinhos — e sem precisar olhar para o painel do carro a cada curva.