Em um cenário que mistura tensão e esperança, as equipes de resgate na mina El Teniente, no Chile, encontraram restos mortais de um dos trabalhadores soterrados após o desabamento ocorrido na última quinta-feira (31). Localizada em Rancagua, a 100 km de Santiago, esta mine subterrânea é considerada a maior do mundo em produção de cobre, com impressionantes 4.500 quilômetros de túneis.
Os socorristas, compostos por pelo menos 100 profissionais e especialistas experientes — como os que participaram do resgate dos 33 mineiros no Deserto do Atacama em 2010 — trabalham incansavelmente para localizar as vítimas. O desabamento foi atribuído a um evento sísmico, cuja origem ainda está sendo investigada.
'Essa descoberta nos enche de tristeza, mas também nos indica que estamos no local correto', declarou Andrés Music, gerente-geral da mina. Enquanto isso, o presidente do Chile, Gabriel Boric, prometeu todo empenho nas buscas e ressaltou a expertise da Codelco, empresa estatal chilena dona da mina.
Enquanto os trabalhos de resgate prosseguem, é impossível não refletir sobre as condições laborais em operações tão arriscadas. Com 356 mil toneladas de cobre produzidas em 2023, correspondendo a 6,7% da produção chilena, a mina El Teniente continua a ser um pulmão econômico vital para o país. No entanto, acidentes como este servem como lembrete doloroso dos riscos associados à exploração mineral.