Em um movimento que mistura diplomacia e estratégia comercial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quinta-feira (31) que adiou o aumento de tarifas sobre produtos mexicanos por 90 dias. A decisão foi tomada após uma conversa telefônica com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.
Um jogo de timing político
A ameaça de taxar os produtos mexicanos com 30% adicionais expirava nesta sexta-feira (1º), o que teria representado um grande impacto econômico para o México, que exporta 80% de seus produtos para os Estados Unidos graças ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC). Trump, no entanto, optou por estender as condições atuais, mantendo taxas de 25% sobre fentanil, automóveis e 50% sobre aço, alumínio e cobre.
Acordo comercial em pauta
Em um discurso que mistura ameaças e concessões, Trump destacou que o objetivo é negociar um acordo comercial "dentro desse prazo" ou até mais. Ele também mencionou a necessidade de cooperação na fronteira, incluindo a luta contra o tráfico de drogas e a imigração irregular.
Preserving the T-MEC
Sheinbaum, por seu turno, destacou que o acordo alcançado "preserva" o T-MEC com o Canadá. Em uma coletiva de imprensa, ela descreveu a conversa como "muito boa" e ressaltou ter alcançado "o melhor acordo possível" comparando com outras nações enfrentando ameaças tarifárias.
Ironia e_strategy
É interessante notar que Trump, o negociador incansável, parece estar jogando com o timing político. Ao adiar as taxas, ele mantém a pressão sobre o México sem concretizar um aumento que poderia ter sido politicamente prejudicial em um momento sensível.