Em mais uma jogada no tabuleiro comercial internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acaba de anunciar a revogação da isenção de impostos para importações menores, conhecida como 'de minimis'. A medida, que entrará em vigor em 29 de agosto, promete alterar significativamente o panorama do comércio eletrônico global e impactar diretamente consumidores e pequenos negócios nos Estados Unidos e no mundo.
A isenção havia permitido que produtos importados por até US$ 800 chegassem ao país sem acréscimo de impostos. Com a nova ordem executiva, essas encomendas agora estarão sujeitas aos mesmos taxamentos que as cargas maiores, um movimento que Trump justifica como forma de 'igualar o playing field' e incentivar a produção local.
Para muitos, especialmente no Brasil, onde o comércio eletrônico está em plena ascensão, essa mudança parece um tiro no pé. Imagine: pequenos empresários que confiavam nas vantagens tarifárias para competir agora se veem diante de custos mais altos e preços menos atrativos. E é justamente isso que Trump está promovendo, transformando o sonho de consumo em uma realidade mais cara.
Os efeitos já começaram a ser sentidos. Plataformas chinesas como Shein e Temu, que usavam esse mecanismo para oferecer produtos baratos, tiveram de repensar suas estratégias, inclusive aumentando os preços para compensar os novos encargos. Ainda assim, a lógica por trás da medida é questionável: se o objetivo é proteger indústrias americanas, porque mirar importações menores, que representam apenas uma fração do comércio total?
Para os brasileiros, que já convivem com um cenário de-commerce em explosão, a notícia serve como um lembrete da complexidade global do comércio eletrônico. Enquanto Trump fecha portas, outros líderes buscam abrir caminhos, e o Brasil, com sua economia vibrante e mercado promissor, pode ser o próximo destino de muitas dessas empresas que buscam diversificar seus mercados.
Enfim, a decisão de Trump não é só um ajuste tarifário; é uma declaração de guerra contra a comodidade do consumidor e contra a flexibilidade do mercado. E como sempre, quem mais sofre é o pequeno empresário, aquele que menos tem culpa na equação.