Em um dia de ventos que lembraram os tempos da Idade do Gelo, o Sul de Santa Catarina teve uma segunda-feira movida a estrépito e preocupação. De Siderópolis, onde as rajadas chegaram a 88 km/h, a SC-443, reaberta com tecnologia moderna após investimento de R$ 6 milhões, viu os ventos soprarem com força suficiente para lembrar que até o mais sólido dos planos pode ser arrancado de raiz.
Enquanto isso, no Porto de Imbituba, o vento chegou aos 70 km/h, e as ondas no Litoral Sul variaram entre quatro a seis metros. Em Tubarão, Capivari de Baixo e Laguna, as quedas de árvores se tornaram comuns, como se a natureza estivesse realizando um desfile de desordem. E para completar, as recomendações da Defesa Civil eram claras: fique longe das árvores e prepare-se para o pior.
Mais do que uma notícia meteorológica, este é um lembrete de que mesmo em pleno século XXI, a natureza ainda detém o poder de nos fazer dobrar os joelhos. E enquanto isso, lá no mar, as ondas seguem seu ritmo selvagem, como se dançando uma valsa com o vento. Um quadro pintado pelo próprio capricho da natureza.