Desde que a Broadcom assumiu o comando do VMware, as licenças perpetuas desse software de virtualização têm enfrentado problemas inéditos. Enquanto algumas empresas decidiram migrar para os novos modelos de assinatura, outras preferiram manter suas antigas licenças, apostando na segurança das atualizações críticas que ainda deveriam receber. No entanto, o que parecia uma promessa agora se transformou em um limbo: algumas dessas empresas descobriram que não podem mais acessar as tão necessárias atualizações de segurança.
Segundo relatos ao jornal The Register, alguns usuários estão há semanas tentando baixar patches para vulnerabilidades graves, sem sucesso. A Broadcom, dona do VMware desde 2022, afirma que os problemas são consequência de limitações no portal de suporte. No entanto, acredita-se que muitos clientes estarem expostos à ameaças cibernéticas por causa disso.
A situação não é isolada: recentemente, a CISPE (associação de provedores de nuvem na Europa) interpôs um recurso junto ao Tribunal Geral Europeu pedindo que o acordo de aquisição da VMware fosse reconsiderado. Eles argumentam que a fusão cria um risco significativo de concentração de mercado e abuso de posição dominante.
Enquanto isso, a Broadcom insiste que seu compromisso com a segurança não mudou e que os patches críticos continuarão a ser fornecidos. No entanto, para aqueles que dependem dessas atualizações, o adiamento é mais do que uma inconveniência — é um risco desnecessário para organizações já cansadas de lutar contra as mudanças repentinas impostas pela empresa.