Em um momento histórico para a Austrália, o foguete Eris, desenvolvido pela empresa privada Gilmour Space, tentou conquistar o espaço. No entanto, minutos após o lançamento, a missão foi interrompida devido a falhas em dois motores, que levaram à queda do veículo no solo próximo à plataforma de lançamento.
Ao contrário do que muitos esperavam, os envolvidos na iniciativa não demonstraram surpresa com o resultado. Adam Gilmour, CEO da empresa, admitiu que jamais imaginou que o foguete alcançaria a órbita, considerando-se 14 segundos de voo como um sucesso significativo. "A melhor hipótese era 40 segundos", declarou ele em entrevista.
Ambicioso, o projeto do Eris inclui três estágios e utiliza motores híbridos que misturam combustíveis sólidos e peróxido de hidrogênio. Apesar da inovadora tecnologia, a escolha por motores híbridos se justifica pelo menor grau de complexidade em comparação a opções convencionais. No entanto, esses sistemas também possuem desvantagens, como a impossibilidade de recarga uma vez que já foram usados.
Além dos desafios técnicos, a empresa enfrentou obstáculos burocráticos. A aprovação governamental demorou mais de um ano, período em que o foguete permaneceu armazenado em hangares, exposto à corrosão causada pelo ar salgado. Gilmour admitiu que o tempo de espera exacerbou preocupações sobre a integridade do veículo.
A tentativa falhida marca um marco na volta dos lança-satélites à Austrália, após quase 50 anos desde o último lançamento bem-sucedido. Enquanto se preparam para o próximo teste, com datas previstas para janeiro ou fevereiro do ano que vem, a equipe da Gilmour projeta um futuro promissor no setor espacial.
Conclusão: A jornada rumo ao espaço é cheia de altos e baixos. Enquanto os olhos estão voltados para o horizonte, lembremos que mesmo as falhas são passos essenciais na trilha da inovação.
