Em um mundo onde a sustentabilidade é o mantra da vez, o concreto romano surge como uma alternativa fascinante e, ironicamente, não tão melhor quanto parece. Pesquisadores descobriram que, apesar de seu incrível longevity, o material usado pelos antigos romanos para construir aquedutos, pontes e edifícios é tão poluente em termos de CO2 quanto o Portland cement atualmente utilizado.
Para os leigos, saiba que:
- Concreto Romano: Mistura de argamassa semi-líquida e agregados (pedras ou tijolos)
- Cimentos Portland:produto industrializado a partir da calcinação de rochas como caliche e argila
Os estudos recentes, publicados na revista iScience, revelam que o concreto romano produzidas mesmas quantidades de CO2 que os modernos processos, mas com bem menos poluentes atmosféricos. Isso inclui reduções impressionantes de oxídios de nitrogênio e enxofre, variando entre 11% a 98%, dependendo da fonte de energia.
Curioso? A durabilidade do concreto romano é incrível. Estruturas antigas resistiram a ambientes marinhos hostis por dois milênios graças a reações químicas que formaram cristais resistentes e minerais porosos. E, para os entusiastas da construção, há inclusive estratégias de auto-reparação: as fendas são preenchidas por recristalizações de carbonato de cálcio ou reforço com componentes piroclásticos.
Porém, o estudo é um lembrete humilde: a sustentabilidade não é só sobre emissões de CO2. É também sobre como usamos e mantemos os materiais ao longo do tempo. E, no caso do concreto moderno, muitas vezes estamos jogando dinheiro fora com manutenções frequentes e descartes prematuros.
