O BNDES está de olho no futuro verde do Brasil. Após algumas manobras no mercado voluntário de créditos de carbono, a instituição resolveu se reinventar e focar em projetos de restauração florestal que prometem não apenas limpar o planeta, mas também encher o cofre. A aposta é alta: transformar o Brasil em um dos principais players mundiais na área de restauro ambiental.
Do sonho à realidade
Em 2022, o BNDES tentou dar os primeiros passos no mercado voluntário de créditos de carbono, mas parece que o caminho era um tanto complicado. Agora, a entidade federal decidiu virar a página e investir em projetos mais concretos, como a restauração de florestas e a implantação de Sistemas Agroflorestais. Afinal, quem disse que salvar o planeta não pode ser rentável?
Os números da natureza
Ainda em 2024, um estudo apontou que o Brasil tem potencial para gerar créditos de carbono equivalentes a 26 milhões de toneladas por ano. Isso graças à identificação de 2,4 milhões de hectares aptos para restauração florestal. Com essas cifras, é possível sonhar com um futuro em que o verde da Amazônia se transforme em moeda de troca.
Parcerias estratégicas
Para dar mais força a esse projeto, o BNDES firmou parceria com a Petrobras para criar o Profloresta+, um protocolo que promete restaurar até 50 mil hectares na Amazônia. Imagine: áreas degradadas virando florestas novamente e capturando 15 milhões de toneladas de carbono por ano. Isso é quase equivalente à emissão anual de gases tóxicos de nove milhões de carros movidos a gasolina. Que baita projeto!
Das palavras aos atos
Mesmo com todo esse planejamento, o mercado regulado de créditos de carbono brasileiro ainda está em fase inicial. A legislação sancionada pelo presidente Lula em dezembro passado é apenas um começo. Enquanto isso, o BNDES já mobilizou R$ 516,9 milhões para operações no setor e continua atraindo investidores com promessas de rentabilidade e impacto ambiental.