A noite de segunda-feira (4) marcou um momento histórico na vida política do Brasil. Jair Bolsonaro, ex-presidente e réu no STF (Supremo Tribunal Federal), foi preso em casa após descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça. A ordem foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, que viu com claro desrespeito a tentativa de Bolsonaro de continuar incitando ataques ao Poder Judiciário.
Bolsonaro foi abordado pela Polícia Federal em frente à sua residência, onde estava monitorado por uma tornozeleira eletrônica. No início, o ex-presidente recusou-se a assinar o mandado de prisão, pedindo que os policiais esperassem seus advogados. No entanto, após conversar com a equipe da PF, decidiu cooperar.
Segundo Alexandre de Moraes, a prisão domiciliar foi decretada porque Bolsonaro usou redes sociais para se dirigir a apoiadores em um ato público no Rio. O ministro destacou que o ex-presidente produziu material 'pré-fabricado' com o objetivo de incentivar ataques ao STF e promover intervenção estrangeira na Justiça brasileira.
A defesa de Bolsonaro, por outro lado, afirmou que ele não descumpriu nenhuma medida e que seu discurso em Copacabana não violava as regras impostas. No entanto, Moraes foi firme ao dizer que a Justiça não permitirá que um réu se mantenha impune por ter 'poder político e econômico'.
Esta prisão marca o reencontro do Brasil com a ideia de que ninguém está acima da Lei, independentemente de seu status ou influência. É um lembrete de que, no final das contas, todos estamos sujeitos ao mesmo sistema judicial.