A montadora Caoa enfrentou uma derrota judicial após um processo seletivo que durou impressionantes 24 etapas. O candidato, que passou por todas as fases com sucesso, inclusive a avaliação médica inicial, foi reprovado apenas na última etapa: uma revisão oftalmológica.
Em seu relato, o candidato chegou a abrir uma conta bancária para receber os salários, confiando que estava prestes a iniciar sua nova jornada profissional. A empresa, por outro lado, argumentou que a aptidão visual era essencial para a função, que envolvia a condução de veículos.
No entanto, a Justiça do Trabalho viu o caso com olhos diferentes. A 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª região determinou que o candidato possuía CNH válida e não tinha restrições quanto ao uso de lentes corretivas, condenando a Caoa a pagar uma indenização de R$ 5 mil.
Essa decisão lança luz sobre as dinâmicas do mercado de trabalho brasileiro, onde às vezes o caminho para um emprego pode ser percorrido em espiral, com altos e baixos imprevistos. Ao final, a Justiça parece ter reforçado que, no Brasil, os direitos dos trabalhadores não devem ser negociados, nem sequer na última etapa de um processo seletivo.