Curitiba, a capital do Paraná, não para de surpreender. Em um mundo cada vez mais conectado e desafiador, a cidade que já foi sede da Ditadura Civil-Militar por dois dias, tornou-se sinônimo de inovação e sustentabilidade. Em novembro de 2023, ela conquistou o título de Cidade Mais Inteligente do Mundo na premiação World Smart City Awards, em Barcelona. Um feito que não apenas orgulha os curitibanos, mas também coloca o Brasil no mapa da inovação global.
A jornada de Curitiba rumo à excelência começou com a criação do Lab de Fabricação Digital, um espaço onde a tecnologia e o compartilhamento de conhecimento se unem para transformar ideias em realidade. Programas como o Saúde 4.0 e o Vale do Pinhão - inspirado no icônico Vale do Silício - são apenas alguns exemplos de como a cidade está na vanguarda da inovação.
Curitiba também se destacou na implementação da internet 5G no Brasil e na criação do Curitiba App, um aplicativo que conecta moradores a serviços municipais de forma rápida e eficiente. Além disso, a cidade inaugurou a Pirâmide Solar, uma usina fotovoltaica instalada sobre um antigo aterro sanitário, economizando R$ 1,17 milhão em seis meses.
Para conquistar esse prêmio internacional, Curitiba teve que superar cidades como Sidney, Malmö e Stargard Szczecinski. O júri destacou a sustentabilidade, governança e conectividade da cidade, além de seu compromisso com a preservação ambiental. No entanto, nem tudo é perfeito. Críticos como Fernando Ramos, presidente do Instituto Ideia Ambiental, lembram que problemas como a destinação inadequada de lixo e a preservação dos rios ainda merecem atenção.
Curitiba prova que ser uma cidade inteligente não é apenas sobre tecnologia. É sobre liderança, planejamento e compromisso com o futuro. Como disse Rafael Greca, prefeito na época: "A inovação é como a luz, não tem donos e deve ser compartilhada para construir um mundo melhor".