O Deluge de Ameaças Cibernéticas: Como as Empresas estão afogando

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Em um mundo cada vez mais conectado, as empresas enfrentam uma verdadeira inundação de ameaças cibernéticas. Segundo estudo encomendado pela Google Cloud e conduzido pela Forrester Consulting, executivos de TI e segurança estão atolados em um mar de dados sobre ameaças, sem recursos suficientes para processar tudo isso.

Com 1.541 profissionais entrevistados em 12 setores e oito países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, a pesquisa revela que 61% das equipes estão sobrecarregadas com a quantidade descomunal de informações.

Para piorar, 60% dos respondentes afirmam não ter pessoal qualificado o suficiente para analisar todo esse volume de dados. E quem pensa que é só pegar e executar? Longe disso: 59% admitiram que é difícil verificar a validade das ameaças e outros 59% se queixaram da dificuldade de transformar essa informação em ações concretas.

Os resultados mostram que as empresas estão cada vez mais focadas no reático, ou seja, respondendo às ameaças após elas ocorrerem. Isso é especialmente preocupante para setores como a indústria manufatureira, onde 89% dos entrevistados se dizem ansiosos ou muito ansiosos com o excesso de alertas e dados.

E por que isso acontece? segundo os autores do estudo, muitos sistemas operacionais de tecnologia usados nessas empresas foram projetados para ambientes IT, não para as complexidades das fábricas modernas. Além disso, a falta de regulamentação no setor tecnológico pode levar os líderes a priorizar inovação e velocidade em detrimento da segurança.

Enquanto isso, as ameaças mais preocupantes do próximo ano incluem phishing (46%), ransomware (44%) e até mesmo ataques usando inteligência artificial (34%).

A pesquisa também sugere que a solução não é simplesmente adicionar mais ferramentas de inteligência. É preciso repensar o próprio modelo, tratando a inteligência como um processo, não apenas uma fonte de dados. Sem isso, os profissionais continuam afogados em um oceano de informações sem rumo.

Rafael Pereira

Rafael Pereira

Assim como as empresas afogadas em dados, nós, humanos, às vezes nos perdemo na avalanche de tecnologia que criamos. O paradoxo é inevitável: quanto mais avançamos, mais necessidade temos de retroceder para entender o que realmente importa.

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