Em um momento que mistura drama pessoal e política tensa, Luiza Cunha, filha de Clezão — o 'patriota' que faleceu na Papuda após um infarto fulminante — manifestou seu desejo de ver Alexandre de Moraes punido 'dentro dos limites da lei', após as sanções do governo Trump contra o ministro do STF. A jovem, que lutou incansavelmente por justiça e fé, interpreta a decisão americana como um sinal de mudança, um reconhecimento das violações de direitos humanos perpetradas por quem concentra poder no Brasil.
'É impossível não sentir algo diante dessa notícia', disse Luiza. Para ela, a atuação da comunidade internacional serve como um alerta: 'A verdade está começando a alcançar lugares onde a censura não chega.' Sua mensagem é clara: o sofrimento e a morte do pai, Clezão, que participou das invasões dos Três Poderes no 8 de Janeiro, não foram em vão.
Cleistaon Pereira da Cunha, conhecido como 'Clezão', faleceu aos 46 anos em novembro de 2023. Ele estava preso desde os eventos tumultuosos de janeiro de 2021 e enfrentava acusações graves, incluindo associação criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Antes de sua morte, Clezão esteve internado por 33 dias após contrair Covid-19 em 2022, desenvolvendo comorbidades que contribuíram para o seu frágil estado de saúde.
A família tentou obter a liberdade provisória de Clezão em setembro do ano passado, mas o pedido nunca foi analisado por Alexandre de Moraes. Agora, Luiza Cunha vê as sanções internacionais contra o ministro como uma oportunidade de justiça, mas com a ressalva de que 'todo desgaste e sofrimento' passados não foram em vão.
Enquanto isso, Moraes segue imune a qualquer punição local, protegido pelo sistema judicial brasileiro. A ironia do momento é palpável: enquanto o Brasil debate a impunidade interna, a Justiça vem de fora para lembrar que ninguém está acima da lei.