Em aproximadamente cinco anos, um Dragon modificado começará a acionar seus thrusters Draco, empurrando a Estação Espacial Internacional (ISS) para fora de sua órbita e enviando o maior objeto construído pelo homem no espaço inexoravelmente para o fundo do Oceano Pacífico. Enquanto isso, a Estação Espacial Tiangong da China permanecerá forte, a Nasa enfrenta um risco sério de perder seu ponto de apoio na órbita terrestre baixa (LEO).
Os líderes da agência espacial já haviam reconhecido esse problema há quase meio século e, em um momento inicial, atribuiu 500 milhões de dólares a quatro empresas para começarem a trabalhar em estações comerciais no espaço. No entanto, o progresso foi mínimo e há sérias preocupações sobre se alguma dessas estações substitutivas estará pronta quando a ISS cair no oceano.
Com um novo diretório assinado pelo Administrador Interino da Nasa, Sean Duffy, a agência busca modificar sua abordagem para as plataformas LEO. Enquanto antes se planejava lançar uma "request for proposals" em 2026, agora a estratégia será alterada para permitir mais flexibilidade às empresas, especialmente à Vast, cujo módulo Haven-1 é projetado para quatro astronautas passarem duas semanas no espaço.
Esta nova diretriz favorece a Vast sobre os contratantes originais da Nasa, como Northrop Grumman e Blue Origin. A empresa, fundada por Max Haot, aposta em um produto mínimo viável para desenvolver sua estação espacial de forma independente, sem recurso governamental.
Essas mudanças refletem a necessidade de adaptar os objetivos da Nasa à realidade orçamentária e tecnológica atual. Como Phil McAlister, que dirigiu a divisão comercial da Nasa, disse: "Como a agência poderia ter êxito com quase um terço do seu orçamento perdido?"
Ao final, o mais impressionante é como a indústria privada está se tornando cada vez mais central no espaço. Enquanto os Estados Unidos e a Rússia disputavam a liderança orbital há décadas, hoje vemos empresas como a Vast e SpaceX definindo o futuro do espaço humano.
O fim da ISS e o novo caminho da Nasa no espaço


Enquanto a ISS mergulha no Pacífico, é difícil não se lembrar das palavras de um antigo explorador: "Um passo para o homem, um salto para a humanidade". Agora, porém, parece que estamos mais interessados em saltos comerciais do que em passos coletivos.
Ver mais postagens do autor →