Em mais uma volta do dado, a Meta, empresa dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, surpreendeu os mercados. Com um balanço trimestral que deixou Wall Street em êxtase, a companhia viu suas ações subirem mais de 11% após o fechamento do pregão. Hoje vale nove vezes mais que em outubro de 2022, época em que Mark Zuckerberg investia bilhões no metaverso, aquele universo virtual em 3D que prometia revolucionar a internet — e fracassou.
Enquanto o mundo real prospera, os números da Meta são impressionantes. No segundo trimestre deste ano, o faturamento cresceu 22% em comparação ao mesmo período de 2023, e o lucro líquido saltou 36%. Em doze meses, a empresa acumulou um lucro de US$ 71,5 bilhões — mais que empresas gigantes como TotalEnergies e LVMH. Com esses recursos, a Meta está investindo US$ 70 bilhões em 2025, 30% a mais do que no ano passado.
A notícia é um lembrete de que, no jogo da tecnologia, nem sempre o metaverso vence. Às vezes, a inteligência artificial — e a cabeça fria dos investidores — são o caminho certo. Enquanto isso, os brasileiros podem apenas especular: será que Zuckerberg algum dia olhará para trás e se arrependerá de ter apostado tão fortemente em um mundo virtual que ainda não está pronto para nós? Ou talvez ele esteja apenas jogando com as probabilidades, como sempre.