O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso desde novembro de 2024 como um dos envolvidos no esquema de espionagem que monitorava autoridades, declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que é inocente. Em interrogatório, afirmou: "Não segui ninguém, não fiz absolutamente nada disso". Sua defesa se centra na idéia de que sua vida pregressa como oficial do Exército deve ser considerada.
Durante o depoimento, Hélio Ferreira destacou que nunca se envolveu em crimes e lembrou de seu passado no Rio de Janeiro, ressaltando que jamais pegou um cigarro de maconha. "A maior dor que sinto é ver parte do Estado tentando me transformar num criminoso", declarou, emocionado.
Os réus do chamado "núcleo 3" respondem por graves acusações, incluindo tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Ao final do interrogatório, o militar agradeceu ao juiz auxiliar Rafael Henrique Tamai e bateu continência, demonstrando respeito à Justiça.
O caso revive debates sobre o papel das Forças Armadas no contexto político brasileiro e lança luz sobre as consequências de acusações graves em um sistema judicial complexo. Hélio Ferreira Lima insiste em sua inocência, mas a Justiça terá de decidir se suas palavras são suficientes para mudar o curso do processo.