Em um interrogatório no STF, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso desde novembro de 2024 como parte da Operação Contragolpe, negou que houvesse um plano concreto para a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que tal cenário era 'totalmente hipotético' e não violava normas legais.
O militar, integrante do chamado Núcleo 3, grupo formado por nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal, é acusado de participar de uma trama golpista com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito em 2022. As acusações incluem atentados ao sistema eleitoral, planos para assassinatos de autoridades e ruptura institucional.
Segundo Hélio Ferreira Lima, ele chegou a mencionar o plano ao seu superior, um general, que teria respondido: 'Ferreira, vamos focar em tirar esse pessoal da frente'. No entanto, o militar insistiu que não havia ilegalidade no projeto, descrevendo-o como 'amparado em normas legais' e sem menção a ações violentas.
Os acusados respondem por crimes graves, incluindo tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e deterioração de bens tombados. O caso revela uma visão preocupante da fragilidade das instituições democráticas no Brasil.