Patchs para os olhos: da moda oriental ao boom global

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Os patchs para o contour dos olhos são mais do que uma tendência; são um ícone da era da cosmética moderna. Surgiram nos anos 1990, inspirados nas tecnologias de sheet masks do Japão, esses pequenos milagrosos prometem transformar o visual dos olhos com apenas alguns minutos de uso.


Os primeiros patchs eram compostos por tecidos impregnados de loção cosmética, com tempo de exposição entre 10 e 30 minutos. Sua missão? Aliviar as olheiras, reduzir o inchaço e rejuvenescer o rosto, tudo isso graças ao efeito occlusivo do tecido, que permitia a penetração profunda dos ativos.


Com o passar do tempo, surgiu a biocellulose, um material ultrafino e natural, utilizado pelas marcas Talika, Soskin e Giorgio Armani. Em seguida vieram os higrogeis, mais espessos mas igualmente ricos em nutrientes, popularizados pela marca Patyka.


Mas o verdadeiro boom aconteceu com a ascensão da K-beauty, a cosmética coreana. Enquanto os máscaras descartáveis invadiam o mundo, as versões reutilizáveis ganharam espaço no mercado brasileiro, oferecidas por marcas como Typology, Violette_fr e Les Filles en Rouje.


Esses patchs, feitos de silício e não impregnados, são aplicados sobre os produtos de cuidado facial para potencializar o efeito. É como se estivéssemos falando de uma nova era da cosmética, onde cada detalhe é otimizado para oferecer resultados visíveis.


Enquanto isso, o mercado não para de crescer. Da Bio Enzymes Eye Patch, da Talika, que custa apenas 4,65€, aos kits premium como a Masque contour des yeux lissant da Typology, por 36,50€, os patchs para olhos se tornaram acessíveis e sofisticados ao mesmo tempo.


Afinal, em um mundo onde a beleza é uma indústria multibilionária, é quase inevitável que cada passo do nosso ritual de cuidado facial seja otimizado. Agora, o questionamento é: estamos realmente cuidando da nossa pele ou apenas correndo para um marathon beauty sem fim?

Bruno Lima

Bruno Lima

Enquanto as tendências cosméticas evoluem, é bom lembrar que a beleza é uma jornada, não uma corrida. Afinal, os olhos são a porta para a alma – e merecem todo o cuidado do mundo.

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