Em um momento em que a energia nuclear volta a ganhar destaque nos Estados Unidos, driven by the insaciável demanda de AI por recursos computacionais, o projeto de Fermi America em Amarillo, Texas, emerge como um dos mais ambiciosos da indústria. A empresa, juntamente com a gigante sul-coreana Hyundai, planeja construir um campus energético integrado que inclui reatores nucleares de terceira geração, usinas termelétricas a gás, painéis solares e armazenamento de baterias.
Uma Parceria Poderosa
A parceria entre Fermi America e Hyundai promete trazer expertise significativa para o projeto. Enquanto a Hyundai já instalou 22 reactores nucleares, Rick Perry, ex-governador do Texas e secretário de Energia dos EUA, é um dos backing figures que buscam estabelecer Texas como referência em inteligência energética.
Os Desafios da Ambição
Apesar da magnitude do projeto, estimado em 23 milhões de metros quadrados (equivalente a 1.1 Milwaukees), o preço é outro obstáculo. Cada AP1000, um tipo de reactor nuclear, custa US$ 6,8 bilhões—e isso é apenas por unidade. Com quatro reatores previstos, os gastos potenciais chegam a impressionantes US$ 27,2 bilhões.
Da Promessa aos Desafios
O projeto de Fermi America não é o primeiro a enfrentar tais desafios. Projetos anteriores, como os reactores Vogtle Unit 3 e 4, em Waynesboro, Georgia, custaram US$ 36 bilhões e mais de 15 anos para serem concluídos. Além disso, a falência da Westinghouse em 2017, empresa responsável por fabricar os reatores, adicionou mais complicadores.
Avanço ou Gamble?
Enquanto isso, Fermi America já está adiantando etapas do projeto com a aquisição de turbinas a gás e planos para ter 1 gigawatt de capacidade operacional até o final de 2026. No entanto, a dúvida persiste: será que o Texas, e os EUA, estão prontos para mais um investimento bilionário na energia nuclear?