Com a chegada do Olire, uma nova opção para o tratamento da obesidade chega às farmácias brasileiras. Produzido pela EMS, este é o primeiro medicamento de origem nacional na categoria dos sérmicos emagrecedores. Ao lado do Wegovy e do Mounjaro, ambos importados, o Olire promete revolucionar o mercado brasileiro de tratamentos para a perda de peso.
Aprovado pela Anvisa em dezembro de 2024, o Olire chega com preços acessíveis: R$ 307,26 por unidade e R$ 760,61 pelo kit com três canetas. Este é um passo significativo para democratizar o acesso a esses tratamentos, que, até agora, eram majoritariamente importados e mais caros.
Para entender melhor as diferenças entre os medicamentos, é importante destacar suas composições:
- OLire: Contém liraglutida, uma molécula com longo tempo de uso no Brasil. Atua como agonista do receptor GLP-1, promovendo saciedade e retardando o esvaziamento gástrico.
- Wegovy: Baseado em semaglutida, permite uma aplicação semanal e oferece maior supressão do apetite. Em estudos, pode levar a uma perda de peso de até 25% após um ano.
- Mounjaro: Atua simultaneamente nos receptores GLP-1 e GIP, promovendo um efeito mais completo e associando-se com maior perda de peso (até 20%) em pacientes obesos.
Embora as diferenças sejam claras, a escolha do tratamento ideal depende do perfil do paciente, da tolerância a efeitos colaterais e da aderência ao regime de administração. Os efeitos comuns incluem enjoos, náuseas e diarreia, especialmente nos primeiros meses.
É importante ressaltar que nenhum tratamento é uma panacéia. "A perda de peso só será duradoura se aliada a mudanças no estilo de vida", lembra o endocrinologista Marcio Krakauer. Alimentos saudáveis e prática regular de exercícios são indispensáveis para garantir resultados significativos.
Enquanto os médicos celebram a chegada do Olire, é fundamental que os pacientes busquem orientação especializada antes de iniciar qualquer tratamento. A saúde não é mercadoria; é um investimento em qualidade de vida", reflete o blog.