Na era da inteligência artificial, o preço de US$200 por mês para assinaturas de chatbots como o ChatGPT Pro pode soar não apenas caro, mas quase absurdo. Afinal, estamos falando de ferramentas que prometem revolucionar a forma como trabalhamos, pensamos e até lidamos com nossas finanças pessoais. No entanto, é justificável?
Sam Altman, CEO da OpenAI, foi bem claro: ele mesmo definiu esse preço. E, curiosamente, admitiu que a empresa ainda está perdendo dinheiro com o plano premium. Enquanto isso, a concorrência não fica para trás. A Anthropic lançou o Claude Max por US$200, e a Google seguiu com seu AI Ultra por US$250, incluindo armazenamento em nuvem. Até mesmo empresas mais especializadas como a Perplexity e a Cursor entraram na brincadeira com planos que custam o same ou até mais.
Para Allie K. Miller, consultora de negócios, os assinantes premium dividem-se em dois grupos: aqueles que buscam status e uma espécie de 'explorador moderno' (como donos de Google Glass e Apple Vision Pro), e aqueles que realmente veem retorno financeiro ou produtivo. Scott White, da Anthropic, é um exemplo desse segundo grupo — ele usa o Claude Max para analisar seu próprio financiamento imobiliário e outros aspectos pessoais.
É claro que a pergunta que não quer calar é: por que US$200? Para muitos, como eu, que já cancelaram o ChatGPT Pro após testes iniciais, esse preço simplesmente não faz sentido. Com empresas ainda em fase de experimentação e custos elevados para manter essas ferramentas, a longevidade desse modelo de assinatura premium é questionável.
Milhares de americanos vivem de salário a salário, e pedir US$200 por um chatbot parece não apenas desrespeitoso, mas também divorciado da realidade. Até que ponto as empresas de IA podem continuar oferecendo esses planos premium? E por quanto tempo os consumidores mais ricos manterão esse gasto?