A promessa da proteína: um engodo na indústria alimentícia

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Em tempos de busca por saúde e bem-estar, é comum vermos na gôndola do supermercado produtos que prometem ser ricos em proteína. Eles estão em todas as prateleiras, desde barras de cereal até sopas instantâneas. Mas o que não se vê nas embalagens é a verdadeira natureza destes alimentos. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) decidiu iluminar os consumidores sobre um problema que afeta diretamente a saúde: a exaggeração das promessas de proteína em produtos considerados ultraprocessados.


Afinal, o que está dentro destes pacotes? O estudo do Idec revelou que muitos alimentos que prometem ser fonte de proteína não alcançam sequer 10% do valor diário necessário desse nutriente. E para piorar, esses produtos estão cheios de açúcar, conservantes e até agrotóxicos. É como se o consumidor estivesse comprando um castelo de areia: a promessa é sedutora, mas a realidade é bem diferente.


Além disso, a snackficação, prática que transformou alimentos minimamente processados em ultraprocessados para incluir mais proteína, está cada vez mais disseminada. Do doces à tapioca pronta, os produtos passaram a conter ingredientes que comprometem sua qualidade nutricional. É como se o foco tivesse sido tão voltado para um único nutrientre que outros aspectos saudáveis foram jogados no lixo.


Para um produto merecer a alcunha de 'rico em proteína', ele precisa fornecer pelo menos 10% do valor diário desse nutriente. Para ser considerado como tendo alto conteúdo, a exigência sube para 20%. No entanto, a maioria dos produtos analisados não passa de 5% a 8%, o que é bem longe do prometido.


É preocupante como essas má propagandas induzem o consumidor a optar por alimentos pouco saudáveis, substituindo refeições equilibradas por opções cheias de aditivos químicos. É como se estivéssemos jogando no craps com a saúde, apostando em promessas que não correspondem à realidade.


Enquanto isso, a indústria alimentícia segue lucrando com a ingenuidade do consumidor. As empresas escondem os malefícios dos produtos por detrás de rótulos enganosos e cores tentadoras. É um jogo sujo, onde o lucro está acima da saúde.

Camila Fernandes

Camila Fernandes

Aqui está a prova de que nem tudo que brilha é ouro. As empresas investem milhões em marketing para vender promessas, mas esquecem de mencionar os riscos. Como consumidores, devemos ser mais espertos e ler além das cores e das palavras bonitas nos rótulos.

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