Em um movimento que mistura astúcia política e estratégia jurídica, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão acionando Rodrigo Maia para evitar que as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, através da Lei Magnitsky, afetem o ministro Alexandre de Moraes. A atuação está ocorrendo nos bastidores, sem a necessidade de um julgamento formal, demonstrando uma abordagem diplomática e cautelosa.
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, tem liderado essas conversações, buscando evitar que os bancos brasileiros apliquem restrições contra Moraes. A intenção é evitar que o caso gere mais desdobramentos, especialmente diante da ameaça de sanções adicionais dos EUA contra integrantes do STF.
A atuação do STF no bastidor reflete uma estratégia para manter a harmonia internacional sem expor o Judiciário ao escrutínio público, que poderia complicar ainda mais as relações com Washington. Enquanto isso, Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), interage com representantes do setor bancário para aliviar a pressão sobre Moraes.
Enquanto os bastidores se movimentam, o PT protocolou uma ação cautelar no STF para impedir que as sanções sejam aplicadas. A expectativa é que essa representação só avance se as negociações com Maia não resolverem o impasse.